A dermatite seborreica é uma dermatose crônica recorrente do couro cabeludo que tem algumas características clínicas em comum com a psoríase e alguns eczemas, como o eczema atópico. Embora a dermatite seborreica possa afetar outras áreas além do couro cabeludo, referimo-nos rotineira e coletivamente a essas condições clínicas como “caspa”.

               A caspa enquadra-se entre as doenças do couro cabeludo mais comuns em todo o mundo, afetando aproximadamente 50% da população global. No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010, indica que quatro em cada dez pessoas a apresentam, o que significa o maior índice de toda a América Latina.

               A patogênese da caspa é complexa e parece ser decorrente das interações entre o couro cabeludo, a microflora e o sistema imunológico cutâneo. A condição aparece em diversas áreas seborreicas do corpo e exige eventualmente o tratamento com corticosteroides tópicos.

               A caspa é caracterizada clinicamente por descamação e prurido. Os fatores desencadeantes podem ser múltiplos e não são totalmente conhecidos. Três aspectos principais podem facilitar a presença da doença: suscetibilidade genética, sebo e o fungo propriamente dito (no caso, o Malassezia globosa, que se desenvolve em condições favoráveis).

               O problema ainda não tem cura, mas é possível preveni-lo e controlá-lo por meio do uso de cuidados especiais com fotobiomodulação através da Luz de LED, e também pelo uso de ozônioterapia, além da manutenção constante em casa através de shampoos especiais ozonizados e suplementações de nutrientes necessários.

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Isabel Piatti

Esteticista e Cosmetóloga